Juventude brasileira cristã e a falta de valores






Falar de jovens ainda é fácil para mim, porque ainda sou um deles. Creio que nada melhor do que estar enquadrado, ou arredondamente incluído em um determinado grupo para poder averiguar o ambiente, percebe-lo, e utilizar da nossa massa encefálica para suscitar algumas considerações sobre ele. 



Sou uma jovem de vinte e poucos anos. Mas, contudo, nunca me senti tão velha quanto agora. Velha nos valores, na vontade de fazer o que é justo, o que me trará consequencia boas para o futuro. Isso não é coisa de jovem, mas da jovem velha guarda, podem pensar alguns. Por isso hoje me sinto mais para o lado de lá, dos cabelos brancos, do que do lado de cá, da juventude das festas, bate-papos e devaneios. 

Sinto-me levemente que as cordas que me unem a essa geração se romperam, nao me visto como eles, nao falo talvez as mesmas girias, nao vou aos mesmos lugares. Sim, porque acredito que como cristã não me permito voltar a estaca zero de minha fé e de convicções. Dai, penso. Realmente estou desenquadrada e desemoldura por essa matiz de ações dessa geração dos vinte e poucos ou simplesmente foi ela quem se perdeu no caminho? 

Sinto-me envergonhada com que ando vendo em nossas igrejas, no seio da juventude, de lideranças. Um dia sonhei que minha geração iria ser diferente, iamos desempennhar ações contrarias às outras que vieram antes de nós. Pensava que iamos fazer a diferença, que remariamos contra a maré, viveriamos em santidade. Esses sempre foram os temas dos nossos periodicos encontros de adolescentes e juventude. 

O tempo foi se passando, e todo aquele ideal foi se evaporando com namoros, casamentos, filhos, profissões, estudos, viagens. Hoje se pensa que aquilo era apenas um ideal inatingivel, afinal de contas, não podemos mudar tudo. Contudo, nao mudamos nem a nós mesmos...


Sinto-me triste ao ver a realidade da juventude cristã brasileira protestante. 


Que mistura é essa de evangelho profano que vivemos, em que gravidez na adolescencia é normal, casamentos rompidos, aborto e uma série de falcatruas são permitidas em nome da paz e da tolerancia aos maiores dos erros? 


Que evangelho transformador é esse que se permite casamento fruto de traição? 


Que igreja é essa que esconde o erro do reincidente do mesmo pecado ainda não arrependido e mostra a cara do pecador confesso e arrependido, que foi e não pecou mais?


Que gente redimida é essa que não lê mais as escrituras como a carta de amor de Deus a nós e a troca por dvd, cds, e experiencias de pseudo-líderes que passam o tempo em uma EBD contando experiencias pessoais nada bíblicas, mas totalmente seculares e até mesmo anticristãs!


Que papo é esse que ouvir músicas com letras profanas, pornográficas e assistir filmes não fazem denegrir nosso parametro do que é pureza e separação do mundo? 

Sinto pena dos encontros, hoje tão pobres de ensinamentos, mas regado a muita "azaração", "ficadas", sensualidade e danças. Afinal, temos que entreter os jovens senão eles saem da igreja. Balela. A ovelha sempre está onde tem água pura e não sujeira.



Vejo isso tudo apenas um fruto de uma igreja protestante como um todo, de jovens e velhos, que não protestam mais, nem vivem a escritura sagrada no seu limite. O que me preocupa é que a tendencia é só piorar, veja somente essa nova geração de jovens que surge em nossos arraiais, terrivelmente sem referencial ( nós) e achando tudo normal e necessário. 


Abre-se mão de valores éticos, quanto mais cristãos, afim de manter as ovelhinhas no apriisco, tendenciando uma comunidade onde todos se sintam bem, acolhidos e com aparente passividade diante dos desvios de caráter, pecados e atitudes. Jovens mundanos em uma igreja mundana, onde lideres fingem não saber o que acontecem por detrás das coxias dominicais.

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