A questão da consciência e as mentes perigosas

Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se. Romanos 2: 15

Consciência. Essa palavra suscita inúmeras vertentes de explicações. 

Albert Einstein dizia que a evolução da humanidade dependia exclusivamente da consciência. 
Para George Washington ela era “Aquela pequena chama de fogo celestial”. Apague o fogo e você perde o calor e a luz, a direção e a esperança.
No Antigo Testamento pouco se fala dela, e sempre quando é mencionada diz respeito a coisas do coração. 
No Novo, as cartas de Paulo sempre a citam como um conceito moral, algo inerente e acessível a toda a raça humana. A syneideris.
O próprio Deus colocou essa coisa que não conhecemos, não sabemos como funciona, mas sabemos que existe, a tal da consciência.  Essa parte de nossa pisiquê, de nosso mundo mais íntimo que pouca gente leiga como nós em assuntos neurológicos e psiquiátricos sabe o que é. É ela quem nos guia no certo e no errado, no que deve ou não ser feito, no que será bom para todos ou para ninguém. É o nosso parâmetro de escolha que inclui o outro, que se importa com ele. 

Esses dias estive lendo o livro da psiquiatra carioca Ana Beatriz Barbosa, intitulado Mentes Perigosas, e uma parte em especial me chamou bastante atenção, quando menciona a questão de ser uma pessoa consciente. 
Ela relata diversos casos de pessoas como psicopatia, e posso dizer que me surpreendi com a constatação que talvez o que chamamos de desvio de caráter, pessoa fria, calculista e até egoísta a verdade é um sociopata. Em um dos casos, ela conta a história de uma mulher cuja amiga vivia de suas benfeitorias, seu dinheiro, seu telefone, sua casa, aproveitando ao máximo tudo o que aquela amiga bondosa poderia lhe dar. Ela, a bondosa, só concedia tais coisas porque achava que tais estórias que sua suposta amiga lhe contava eram verídicas, e por isso tinha pena daquela pobre alma, indefesa e só. No fim, verificou-se que sua amiga-da-onça, não era só da onça mas do diabo mesmo. Ela pouco se importava com a boa amiga, era amizade de apenas um viés....

Não se sabe, através dos estudos da psiquiatria um serem assim exclusivistas em suas cabeças, e outras não.Calvino já dizia que os homens são sustentados e confortados por sua consciência e boas ações, porém, interiormente, são molestados e atormentados quando sentem ter praticado o mal. Há, pois, no homem, um certo conhecimento da lei, o qual confirma que uma ação é boa e digna de ser seguida, enquanto que outra será evitada com horror”. A mente da menina má, contada acima, nem sabe o que é isso: reflexão nem arrependimento. Muitos dos pscicopatas são considerados normais pela medicina, mas suas práticas são abomináveis aos homens. Vide os casos mais bizarros da sociedade brasileira como a menina que matou os pais com o namorado, o adolescente que matou o João Hélio. Todos não esboçam qualquer arrependimento e culpa. 

 Resumindo, ter consciência é ter amor. Não há quaisquer pessoa consciente sem que tudo o que ela faça venha incluir o próximo. Consciente não é ter boas maneiras, saber se comportar, ser perspicaz, ser inteligente e fino, ser delicado, mas se importar com o outro, o tempo todo. Os sociopatas são sagazes criaturas, sedutores e tudo mais, porém suas consciências foram anuladas e cederam lugar a suas ambições egoístas, seus próprios prazeres e bem-estar, sua sede de poder e status social. 
Talvez isso que Paulo queria dizer o tempo todo sobre o antídoto, ao renovar a mente, em ter uma consciência pura e limpa ( I Tim 3:9) diante de Deus e dos homens.
Alguns não tem ouvido sua própria consciência e tem feitos coisas que desagradam a Deus, mesmo com toda a capa de bons moços e até de crentes. 
Não se deixe enganar, nem por eles, nem por sua consciência que talvez precise da iluminação do Espírito.







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